Eu sou gaúcho




Então o chico abre a cordeona
A potranca redomona
Escramuça no potreiro
Piazote novo e bem pilchado
Que nem potrilho uriçado
Eu sou do chão missioneiro

Eu enfrento leão a soco
Um só pra mim é poço
Tem que ser uns sete ou oito
Ginete monte de em pêlo
Brilhantina no cabelo
Chimarrão e café com biscoito

Sou freguês de bolixo
Me enrrabixo num cambixo
China linda sim senhor
Uma morena faceira
Mandei-lhe as bolhadeira
E manunciei pro amor

Sou tropeiro da querência
Sou o cerno da existência
Quinhentos anos de história
Que de sua terra não sai
Sou as águas do rio Uruguai
Estou no topo da gloria

E assim eu me vou indo
O meu rio grande é lindo
Por que ajudei a trançar
Os pedaços deste chão
E conservo em meu coração
Em todo o lugar que andar

Resurgindo da caverna
De novo eu alço a perna
De baixo do céu azul
De lança firme na mão
Te convido meu irmão
Pra defendê o Rio Grande do Sul

Escrito as 07:30 hrs., de 04/08/2011 por
Vainer Ávila

 
NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 04/08/2011
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