Dos meu potros pensamentos...
palmeou uma cuia morena de tempos
pelo largo do galpão mirou mais longe
por o tempo foi mateando...
colocando sentido pra os potros
pensametos...
uns pateando as esporas
outros bem manso...
outros ainda nem amanunciados...
foi as horas de mate na mão,
a noite veio mostrando a cara
com lumens de estrelas andarilhas.
um caminho de alma...
um flete bueno pelo galpão...
um fogo grande de chão...
um arreio de cabeça grande...
que por ali na mesma espera
de novo rumo...
a noite gineta vai domando o meus potros
pensamentos.
que recolutos saem da forma
na hora do mate.
que em imagens guardadas pela paredes
de meu galpão...
e enquanto meu mate vai tocando
e me calando fundo num jeito pouco delicado
e vai enfrenando os meus pensamentos
de campo e alma.