E aí eu vou pensando então
Enquanto encho o chimarrão
Porque o mate me é caro
Entre caduquices e suspiros
Aciono os ante vírus
E o tribuna livre preparo
As oito entra no ar
E eu tenho que noticiar
Os acontecimentos do dia
Pela rádio netuno
Acessorado pelo bruno
Com muita música e alegria
E aí eu fico recordando
O chimarrão tomando
E sorvendo o passado
De tudo que em mim passou
Os causos que o xandico contou
Estão no baú guardado
As histórias do meu pai
O eterno rio Uruguai
O mormaço e as butucas
O enssopado de fressuras
E os banhos no arroio são Lucas
As carreiradas no rincão
Saudades de uma marcação
Pra pealar eu era um fiasco
Mas tudo o que é bom passa
Eu era bom mesmo na cachaça
No churrasco e no chimarrão
Acordar no romper da aurora
Correr avestruz campo à fora
Navegar numa canoa
Rio a baixo rio a cima
Ouvir o toque de uma esgrima
Levando a vida numa boa
No bolicho comprar bolachas
Tecido pra minhas bombachas
Feitas por uma costureira
Ir passear em são João mirim
Pegar frutinhas de guamirim
De baixo de um pé de arueira
Bem aqui vou encerrando
E também reculutando
Com orgulho profundo
Hoje é inicio de semana
Daqui a pouco vem o programa
Com o noticiário do mundo!
Escrito as 07:27 hrs., de 25/07/2011 por
Vainer Ávila