resto de mate

recostou a cambona

pelo calmo das horas.

Ficou a mirada estendida

pelo corredor vazio com recuerdos de flor.

Teu flete ligeiro, as vezes sestroso

as vezes tranqueador.

Mirada minha que se perdeu

junto ao horizonte estrelado.

Tua melena negra as vezes revolta

pealada pelo minuano metido.

Te esperava na porta de mate na mão...

Tú se lagava de teu rancho beirando o mato

que ficava a mirar luzeiros de alma e rincão.

Rescosto um mate já lavado

mirando o mesmo portal da frente do galpão

e não vejo mais teu flete.

Não vejo teus olhos mais perto dos meus.

Somente miro lardo o ceú... e escuto.

Escuto o silençio com siluetas de noite inteira

Ginete
Enviado por Ginete em 21/07/2011
Código do texto: T3110139
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