resto de mate
recostou a cambona
pelo calmo das horas.
Ficou a mirada estendida
pelo corredor vazio com recuerdos de flor.
Teu flete ligeiro, as vezes sestroso
as vezes tranqueador.
Mirada minha que se perdeu
junto ao horizonte estrelado.
Tua melena negra as vezes revolta
pealada pelo minuano metido.
Te esperava na porta de mate na mão...
Tú se lagava de teu rancho beirando o mato
que ficava a mirar luzeiros de alma e rincão.
Rescosto um mate já lavado
mirando o mesmo portal da frente do galpão
e não vejo mais teu flete.
Não vejo teus olhos mais perto dos meus.
Somente miro lardo o ceú... e escuto.
Escuto o silençio com siluetas de noite inteira