Lembrei nos olhos de meus pingo
Foi um tango...
Mais um trago...
Uma noite de bolicho
que o patrão amanha
me mira de olhos vermelhos
de sono e semblante pensante...
Pensante de coplas
e da guitarra que ontem pela madrugada
ainda ficaram notas em meus dedos.
E nos olhos largos da zaina
que passou a madrugada
mascando o bocal do freio
com o serenal pelo pelego virado
por balda.
Me levou numa dessa noites
que viro o mundo nas patas de um pingo bueno.
QUe por um tango e depois uns trago largos
em noites que ainda sem sono
ficam a lembra de um sorriso franco
que me abriu junto a cançela
da frente...
E me largo por esse cambichos
em carpetas de vinho
e pra no outro dia, lembrar
dos acordes de guitarra por os olhos de meu pingo.