Num canto do galpão, guardo meu tesouro

Num baú perto da porta

do galpão, tava o tesouro

de DOm Inacio.

GUardado dentro, um pedacito

de lã de um pelego

do tempo que ainda

só era pra os bancos do galpão

e pra carreiradas vindo da escola.

Um pedaço de crina de um redomão

quando ainda eles eram

só pra os domingos.

Um pedaço de laço

ainda com a argola presa

do tempo que os pealos

eram por farra.

Hoje o tempo é outro

os pelegos são ferramentas

junto com os bastos

pra ajeita redomoes pra o serviço.

e os laços que do primeiro

só ficou um pedaço de recuerdo

pra os guardados.

Hoje fazem os pealos não por balda

ou por farra.

Mas sim por precisão do serviço

que a lida impoem.

E faz ver que a vida

nos muda com os tempos

e nos fazem ter tesouros

escondidos nos olhos.

que pra uns não velem nada

pra outros tem valor inestimavel.

Ginete
Enviado por Ginete em 27/04/2011
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T2935366
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