Num canto do galpão, guardo meu tesouro
Num baú perto da porta
do galpão, tava o tesouro
de DOm Inacio.
GUardado dentro, um pedacito
de lã de um pelego
do tempo que ainda
só era pra os bancos do galpão
e pra carreiradas vindo da escola.
Um pedaço de crina de um redomão
quando ainda eles eram
só pra os domingos.
Um pedaço de laço
ainda com a argola presa
do tempo que os pealos
eram por farra.
Hoje o tempo é outro
os pelegos são ferramentas
junto com os bastos
pra ajeita redomoes pra o serviço.
e os laços que do primeiro
só ficou um pedaço de recuerdo
pra os guardados.
Hoje fazem os pealos não por balda
ou por farra.
Mas sim por precisão do serviço
que a lida impoem.
E faz ver que a vida
nos muda com os tempos
e nos fazem ter tesouros
escondidos nos olhos.
que pra uns não velem nada
pra outros tem valor inestimavel.