Um é campo e outro é estrada

Eu se fez estrada e vida

outro se fez campo em flor.

Mesma estampa desenhada

pelos anos.

Um se fez ginete por sol caminhante

que da boca acerta pra os outros.

Outro branqueou a melena

bandeando querençia.

Um é guri de estampa rude

mas de alma branda.

Outro estampa serena

de alma tropeira.

No cortejo que segui tropeando

dando rumo num grito

de eira boi!

Foi mais uma tropa de rumo certo

Outro de alma campo

vai domando campo afora

sovando e mostrand que é mais

taura na lida, fazendo cavalo pras outros.

Um é pai, outro é filho...

Um é estrada outro é querençia...

Um é rumo e outro é tempo...

Mas é mesmo o mesmo mate

que divide na folga de uma tropeada

pela varanda florida das casas.

Proseando a vida e contando um

de potros e fletes buenos.

E um outro mais velho

a contar do corredor.

Que polvorento faz estes tantos caminhos

que um segue e outro mira

largo sob a cerca pelo largo do potreiro

sob um arreiro de chapeando

igual a marca que leva um

corredor afora em tranco largo.

QUe sei que um ginete taura

se para por tempo a ser guri...

quando desponta no horizonte azulado

e largo do corredor da frente

a tropa de seu pai.

Sabendo que um é rumo e estrada

e outro é potro e querençia.

Pra num mate prosear a vida.

Ginete
Enviado por Ginete em 05/04/2011
Código do texto: T2890112
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