Um é campo e outro é estrada
Eu se fez estrada e vida
outro se fez campo em flor.
Mesma estampa desenhada
pelos anos.
Um se fez ginete por sol caminhante
que da boca acerta pra os outros.
Outro branqueou a melena
bandeando querençia.
Um é guri de estampa rude
mas de alma branda.
Outro estampa serena
de alma tropeira.
No cortejo que segui tropeando
dando rumo num grito
de eira boi!
Foi mais uma tropa de rumo certo
Outro de alma campo
vai domando campo afora
sovando e mostrand que é mais
taura na lida, fazendo cavalo pras outros.
Um é pai, outro é filho...
Um é estrada outro é querençia...
Um é rumo e outro é tempo...
Mas é mesmo o mesmo mate
que divide na folga de uma tropeada
pela varanda florida das casas.
Proseando a vida e contando um
de potros e fletes buenos.
E um outro mais velho
a contar do corredor.
Que polvorento faz estes tantos caminhos
que um segue e outro mira
largo sob a cerca pelo largo do potreiro
sob um arreiro de chapeando
igual a marca que leva um
corredor afora em tranco largo.
QUe sei que um ginete taura
se para por tempo a ser guri...
quando desponta no horizonte azulado
e largo do corredor da frente
a tropa de seu pai.
Sabendo que um é rumo e estrada
e outro é potro e querençia.
Pra num mate prosear a vida.