Enfrenando

Meu sorriso largo

me topou com a madrugada

que vinha ainda sacando

as esporas do galpão.

Se recuuerdou de outros dias

o baio pela mangueira ainda

de bocal por enfrenar.

Matezito das minhas confidençias

prosea de tempo e flor.

O baio atado pelo palanque

da mangueira as vez fresteia.

senta nas cordas, mas logo

se para queito a ouvir

o canto dos galos e passarada

em canto de novo orvalho.

Que ainda com a aurora mostrando

a cara, miro largo

e busco a volta o baio

sai com assombros da lida.

Campo fora me aparto

o orvalho ainda por secar

me vou ajeitando um regalito

sem poder entregar.

Ajeito da boca e de baixo

mas a min não posso ajeitar

tanto, pois de tiro levo

teus olhos me mirando

como a aurora que me vem

por sob aba do chapeu quebrado

na duas abas.

Ginete
Enviado por Ginete em 25/03/2011
Código do texto: T2870864
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