GAÚCHO CARRETEIRO

E assim eu vou indo
O tempo vai sumindo
E eu olho pra traz
E deslumbro a realidade
Sou membro da humanidade
Sou persistente e sagaz

Na luta pela vida
Nessa estrada colorida
Mas toda cheia de buraco
Na maior das alegrias
Muita carga nas baterias
Mulher cerveja e tabaco

Eu tenho o meu coração
Baila ao som de uma canção
No que vier eu me atraco
Mas um dia tudo se acaba
Aí a coisa fica braba
E vai tudo pro saco

Sou gaúcho daquilo roxo
Não lambo sal no cocho
Revelo minha identidade
O sistema é um disparate
Sou um chupador de mate
Isso não é novidade

Bróxo os bois na carreta
E se me der na veneta
O boi baio é guampudo
Me mando pro outro lado
Atravesso o rio a nado
Com carreta e tudo

Uma carga de mantimento
Que é pro alimento
Da peonada na fazenda
Tiro leite e faço queijo
E ainda cubro de beijo
A minha primeira prenda

A minha primeira prenda
Com vestidinho de renda
Que me tapa de carinho
Do rincão é a mais bela
Depois que me casei com ela
Deixei de andar sozinho!

Escrito as 07:45 hrs., de 06/03/2011 por

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 06/03/2011
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