GAÚCHO DE BERMUDAS

Vou lançar as palavras na tela
Mais uma poesia singela
Na horinha do chimarrão
Alcanço um pra você
Sim sou gaúcho thê
E amo muito o meu chão

Não sou grosso nem moderno
Nem bombacha e nem terno
Uso bermuda e sapatilhas
Mas não pense que não sinto saudade
Do ar da liberdade
Que existe lá nas coxilhas

Eu já fui bom de pialo
Mas à muito desencilhei o cavalo
E o pobre morreu no pasto
Ainda me resta o pala
Ali dependurado na sala
E umas botas solado gasto

Ai que saudades da chalana
Do mel de lixiguana
E carreiradas do meu pago
Sentindo cheiro de canha
Nos bolichos de campanha
Que chegava pra tomar um trago

O pingo rasqueteava o pelo
E em mim botava no cabelo
Brilhantina golostora
E camisa de tricolina
Pra ir visitar a china
A namorada de outrora

E o tempo se passou
Para mim só sobrou
Recordações dos meus pais
O chimarrão vou tomando
E a história recordando
Dos tempos que não voltam mais.

Escrito as 07:35 hrs., de 03/03/2011 por

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 03/03/2011
Código do texto: T2825635