ALUCINAÇÕES LATINA

Rompendo as madrugadas
Ao tranquito pelas estradas
E bibocas missioneiras
Botando o peito n’água
Desde o aconcágoa
Ao bairro três fugueira

Rompendo as eras
Fujindo de outras terras
Pra se esconder em garrúchos
Das balas dos espanhóis
Muitas vezes em maus lençóis
Ao explodir dos cartuchos

Floriando a gaita malvada
Lá ao fim da picada
Na barra do Piratini
Peixe frito só na manhã
Tenteando uma boa canha
No bolicho do arami

Carteado de truco pra lá
Rodada de pife pra cá
Carta se rouba e se debocha
Se surra e se apanha
Mas de pois a gente ganha
Num bom jogo de bocha

E a churrasqueada então
De baixo de um sinamão
Entre o Brasil e a argentina
Chora cordeona e viola
Que daqui a pouco rola
O namoro com uma conrrentina

Sonhos e alucinações
Que ao longo das gerações
Com certeza termina
Fica no peito martelando
A história que se foi moldando
Da nossa América sulina.

Escrito as 08:43 hrs., de 17/02/2011 por

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 17/02/2011
Reeditado em 17/02/2011
Código do texto: T2797260