O CANTO DOS ROUXINOIS


Nas campereadas da vida
Eu encontrei uma rota florida
Nas encostas da ilusão
Com vertentes de água pura
Tachadas de rapadura
Dos canaviais do rincão

Aperei meu mala cara
Bom de cancha coisa rara
Pras carreiras do meu sonho
Gritar sessenta por nada
Numa tarde de carreirada
La pras bandas do Apolônio

Ganhei muitas carreiras
Forrei a cartucheira
Com muita bala e dinheiro
Entre o canto dos rouxinóis
Enfrentar os espanhóis
Em defesa do chão missioneiro

Foram mais que dez vezes
Espanhóis e portugueses
E no picar das botucas
Varando Uruguai a nado
Com o cavalo encilhado
Pelo porto de são Lucas

Tudo isso ficou na história
Gravado na memória
La do povo de Garrúchos
Não esqueço nem que me mande
Dor porvir do rio grande
Terra de todos os gaúchos.

Escrito as 08:12 hrs., de 23/01/2011 por
Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 23/01/2011
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