NAS CURVAS DO TEMPO

Eu me vim la de fora
No tinir da espora
E na poeira do corredor
A pinga é meu consolo
Repontando gado criolo
Sou tropeiro e laçador

É nas curvas do tempo
E de acordo com o vento
Que eu me encontro em baixo do céu
Sou o ancestral da nossa gente
Bebo água da vertente
Na aba do meu chapéu

São três séculos de existência
Que eu amanuncio esta querência
Com o laço de grandes armadas
Nas cercanias pampeanas
As armas sulamericanas
Gospem fogo nas canhadas

E no grande fogo de chão
Arde em brasa um tição
Para um chimarrão novo
Eu calço o pé na trincheira
Na região missioneira
Pra defender o meu povo

To te deixando este recado
Pra te deixar informado
Da eterna civilização
De séculos a traz
Vamos selar a paz
Numa roda de chimarrão.

Escrito as 07:57 hrs., do dia 21/01/2011

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 21/01/2011
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