Milonga de ti Flor
Cada vez que se chega o piá com
um chasque que tras tua letra
teu jeito de flor...
me inpaceinto no bocal
e toco bagual ligeiro prá
alcançar o guri antes do potrão
da frente do galpão...
Que me ficam recuerdos
de teus olhos de alma
e do teu cheiro de flor de alecrin
em meu lenço...
Me agarro nestes potros
pra fezer cavalo, pingaço!
Pras os outros sairem nos domingos
enquanto fico matear e beber
Teus beijos na praça do pueblo...
Que bem sei...
Que andei alo largo por recolutas
de alma em beijos mal dormidos
entre trucos oitavados
nos bolichos...
Que mirava alén da porta,
e só tinha o cheiro docê de flor
da noite, e ficava na espera
de nada...
Mas sei que...
Que bem sei...
Que minha alma andarilha
hoje ficam semana toda campo fora,
Pra no fim da semana me larga
no rumo de teu rancho
sem esperar o guri trazer o teu chasque
E, te ver flor...