Milonga de ti Flor

Cada vez que se chega o piá com

um chasque que tras tua letra

teu jeito de flor...

me inpaceinto no bocal

e toco bagual ligeiro prá

alcançar o guri antes do potrão

da frente do galpão...

Que me ficam recuerdos

de teus olhos de alma

e do teu cheiro de flor de alecrin

em meu lenço...

Me agarro nestes potros

pra fezer cavalo, pingaço!

Pras os outros sairem nos domingos

enquanto fico matear e beber

Teus beijos na praça do pueblo...

Que bem sei...

Que andei alo largo por recolutas

de alma em beijos mal dormidos

entre trucos oitavados

nos bolichos...

Que mirava alén da porta,

e só tinha o cheiro docê de flor

da noite, e ficava na espera

de nada...

Mas sei que...

Que bem sei...

Que minha alma andarilha

hoje ficam semana toda campo fora,

Pra no fim da semana me larga

no rumo de teu rancho

sem esperar o guri trazer o teu chasque

E, te ver flor...

Ginete
Enviado por Ginete em 21/12/2010
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2684887
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.