Entrega de tropa

Estava por ali sentado sob os bastos

mirando o redemunho de uns potros

entre o palanque e o portão

da mangueira.

Esperava terminar pra fechar

mas em min se parava

rumos e caminhos de toldeiras.

Em pensamentos que vageavam

entre a polvadeira e as patas

deste potros que se ajeitam.

Ali entregava mais uns potros

mas cada qual exceto

a zaina negra que sabe

de todos meus rumos.

Nesta potros que pelas cruz

rezo um misal solito

que levo solto das patas

entre lombo e cielo.

que sei que por estes potros

que enfreno aqui e se vão

pra outros lados que irão

carregar rumos de flor e percanta,

levando junto a polvadeira

que levanta do corredor

rumos certos firmados

no portal.

Que bem sei que mais deste

potros que nenhum é meu.

Levam bem mais que meus rumos

mas sim talvez um pedaço

de minha alma domeira.

Ginete
Enviado por Ginete em 21/11/2010
Reeditado em 21/11/2010
Código do texto: T2628808
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