Na estampa
No semblante de Don Inácio
Um verso perdido em algum
Mate que proseava
Depois da lida.
Ainda de pouco sob os bastos
Agora arrasta espora
Pela ramada vazia.
Num vento que se bolca
Entre a zerga que enxuga o suor
Um andejar que pelo no do lenço
Guarda o rumo
Entreo céu e galpão
Fica alma que andante
E se faz mais estrada.
Num olhar que vai se perdendo
Mirando e sorvendo
Pateao pingos atados
E potros buenos.
Na volta de mais um entardecer
De lembranças dormidas
E outra de recuerdos
Ficam entre o céu e o galpão
Um andejar...
Que talvez no semblante
Que Don Inácio se faz em cor
Entre um mate e outro
Lembra do tranco largo
Rumo aguada e do trote
Estendido rasgando o verde
Que pelo horizonte
Um céu azul que dorme
Entre as almas...
Que sem querer esboção
Pelo semblante.
As vezes sem querer
Um pouco da alma
Que se garante na lida
E se faz em espera mirando o horizonte
Entre o céu e o galpão.