Tranco largo

Meu flete busca a volta

sai ao tranco largo

rumo firmado de ontem.

O patrão me pediu que fosse

na invernada dar sal pra o gaderiu

que vinha de cria.

Vacada buena com terneirada

de tempo e do cedo...

no bastos vai sal e laços

no tentos.

Ao tranco sereno e largo

vai meu flete.

Vai ao rumo firmado

no tempo que do suor

que vai esocorrendo

pelo coração da peiteira

de couro ponteando por mão buena

Vai meu flete...

Como se fosse um pensamento

que as vezes se surgem

na siluetas de um entardeçer.

No tranquear do pingo

ficam sinal entre pampa e terra...

Nos sinal desenhados

pelo ventre do corredor.

Alma por diante junto

ao tempo que se passa

ao largo.

Redea de um cavalo

vai se dando um rumo...

Ainda que se pende o corpo

pra firmar o laço ainda ao tranco

se rebolca uma pensar

que ainda no escarcel de potros

ainda que se pense que seja só sal

por por no rodeio...

Vai um pensamento largo

num tranco de chegar cedo

no saber da lida.

Ginete
Enviado por Ginete em 29/09/2010
Código do texto: T2528448
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.