Tranco largo
Meu flete busca a volta
sai ao tranco largo
rumo firmado de ontem.
O patrão me pediu que fosse
na invernada dar sal pra o gaderiu
que vinha de cria.
Vacada buena com terneirada
de tempo e do cedo...
no bastos vai sal e laços
no tentos.
Ao tranco sereno e largo
vai meu flete.
Vai ao rumo firmado
no tempo que do suor
que vai esocorrendo
pelo coração da peiteira
de couro ponteando por mão buena
Vai meu flete...
Como se fosse um pensamento
que as vezes se surgem
na siluetas de um entardeçer.
No tranquear do pingo
ficam sinal entre pampa e terra...
Nos sinal desenhados
pelo ventre do corredor.
Alma por diante junto
ao tempo que se passa
ao largo.
Redea de um cavalo
vai se dando um rumo...
Ainda que se pende o corpo
pra firmar o laço ainda ao tranco
se rebolca uma pensar
que ainda no escarcel de potros
ainda que se pense que seja só sal
por por no rodeio...
Vai um pensamento largo
num tranco de chegar cedo
no saber da lida.