De Alma, rumo e flor
Na ponta que vai tranqueando
costa abaixo leva de tiro
resto de pasto e campos arremos.
Na volta que o laço faz
entre os tentos e o lombo
faz um zum zum...
Como se charlasse
com coplas entre os bastos
e alma.
Mas a mirada se alarga
chamo a ponta
num grito de
-Venha, venha!
E ao longe meu caminho
se desenha entre o verde
dos caminhos que se afundam
entre horizontes e olhares.
Me sobra pra uma flor
de tempo e campo
que ainda lejos de mi
parador de rodeio...
Mirando largo o rastro fundo
entre a cerca e corredor.
A sombra que ficou entre
o alambrado e o basto.
Que de idas e vindas
tocando pontas mansas e xucras
que me parro mateando solito
mirando as flores
me cismando sobre uma.
E no rastro de uma saudade
o tranco largo se larga
rumo certo...
Que na mesma ponta
se aperta no mangueirão
se aperta mi cuero
entre rastros e chasques
Vindo de tiro
um santir bueno.