De Alma, rumo e flor

Na ponta que vai tranqueando

costa abaixo leva de tiro

resto de pasto e campos arremos.

Na volta que o laço faz

entre os tentos e o lombo

faz um zum zum...

Como se charlasse

com coplas entre os bastos

e alma.

Mas a mirada se alarga

chamo a ponta

num grito de

-Venha, venha!

E ao longe meu caminho

se desenha entre o verde

dos caminhos que se afundam

entre horizontes e olhares.

Me sobra pra uma flor

de tempo e campo

que ainda lejos de mi

parador de rodeio...

Mirando largo o rastro fundo

entre a cerca e corredor.

A sombra que ficou entre

o alambrado e o basto.

Que de idas e vindas

tocando pontas mansas e xucras

que me parro mateando solito

mirando as flores

me cismando sobre uma.

E no rastro de uma saudade

o tranco largo se larga

rumo certo...

Que na mesma ponta

se aperta no mangueirão

se aperta mi cuero

entre rastros e chasques

Vindo de tiro

um santir bueno.

Ginete
Enviado por Ginete em 21/09/2010
Código do texto: T2512276
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