De espuelas Tortas

Bah

Que fue?

Se fue?

Ou no se Fue?

Bah que Cosa!

Mais malina fue a roda

Do ginete.

Se perdeu na volta mais

Braba que vinha chamarreando

Junto as casa, um tordilho.

Fue dando cara volta

Parecendo que era mais sotreta

Do que se esperava.

A espuelas firmadas nos tentos

Das botas.

Que uma saiu das botas

Da feraza a urco!

Que por Deus do céu!

Achei que não ia levantar mais.

Fue pra o largo.

Mas logo voltou mais sotreta.

Senão é o madrinheiro

Vir trompando pelo meio.

Me passava por cima.

Mas bah, que cosa braba

Que é quando se bate a carne

Junto ao chão da mangueira.

Que chegou levanta bem pra cima

Uma polvadeira, que me fez se perder,

Num chamarreiro mal garreado

Junto aos bastos...

Que talvez tava com pensamentos potros

Nas idéias.

Mas sei bem que rodei.

Que acho que nem o patrão velho

Sai dessa rodada.

Que me tirou um pé das espuelas

E outro se entortou nas botas.

E por graças a la suerte e

A Deus fiquei pra contar.

Dessa lida que quase se acabou

Em funeral de galpão.

Com um ginete de espuelas tortas.

Ginete
Enviado por Ginete em 01/09/2010
Código do texto: T2473346
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