De espuelas Tortas
Bah
Que fue?
Se fue?
Ou no se Fue?
Bah que Cosa!
Mais malina fue a roda
Do ginete.
Se perdeu na volta mais
Braba que vinha chamarreando
Junto as casa, um tordilho.
Fue dando cara volta
Parecendo que era mais sotreta
Do que se esperava.
A espuelas firmadas nos tentos
Das botas.
Que uma saiu das botas
Da feraza a urco!
Que por Deus do céu!
Achei que não ia levantar mais.
Fue pra o largo.
Mas logo voltou mais sotreta.
Senão é o madrinheiro
Vir trompando pelo meio.
Me passava por cima.
Mas bah, que cosa braba
Que é quando se bate a carne
Junto ao chão da mangueira.
Que chegou levanta bem pra cima
Uma polvadeira, que me fez se perder,
Num chamarreiro mal garreado
Junto aos bastos...
Que talvez tava com pensamentos potros
Nas idéias.
Mas sei bem que rodei.
Que acho que nem o patrão velho
Sai dessa rodada.
Que me tirou um pé das espuelas
E outro se entortou nas botas.
E por graças a la suerte e
A Deus fiquei pra contar.
Dessa lida que quase se acabou
Em funeral de galpão.
Com um ginete de espuelas tortas.