No andejar de galpões e estradas

No barro bordado no trote dos potros

Que se gastou lonjuras

Que de algumas carretas

Que recortam corredores

Se vão e se vem.

Na espera sem muitas delongas

Que de tordilhos e baios

Colorados e tubianos...

Que se vem e se vão

Baguais que se enfrenão

Por corredores.

Na rebeldia de uns

Na ciência da doma de outros

Uns na espera por o galpón

Outros na espera do fim da ronda...

Que ao longe se mira

Uns as casas...

Outro a tropa que se faz

Em vulto na distância da mirada.

E nos bastos que guarda léguas

E coplas andarengas

O índio se vai...

Cruza corredores com alambrados

Recortando o horizonte largo

Entre lombo e céu.

Que dos corredores que se perdem

E se pintam de luto

Ainda se tropas que levam

De tudo em legendas de campos

Andam mais que as presas do mundo.

Sabem do corredor mais que tudo

E de outros que sabem de potros

Mais que si.

Talvez na simbiose de em pensar

Que pene por estradas gauchas

E altiplanos e sertões

Ainda se tenham os mesmos rumos

De luna e estrada.

Ginete
Enviado por Ginete em 29/08/2010
Código do texto: T2467202
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