Recoluta

Arrojo de potro

Polvadeira pra riba.

Sai do tranco ligeiro

Pra o galope.

Soube que no campo da lagoa

Tinha cerca caída.

Recoluta incerta na horas

Levei laço pronto nos tentos.

Mirada larga e altaneira

Nos olhos que campeavam

Os potros que ainda pra doma

Ainda nem notiçia .

Por seres ainda cornilhudos

Só tinha um tosdado

Que ainda se amansava de cabeça.

O patrão me olhou firme

Enquanto montava ligeiro

Num rosilho de bocal

Mas que já dava pra camperiar.

Segui levantando terra e flechilha

Bem pra cima da copa.

Cheguei mirando de largo

Já ao longe no campo.

Já enxerguei dois de oito ainda passando

Pra o lado do seu Ruja.

Cruzando pelo meio da lagoa

Tentei meter o rosilho mas não deu.

Cruzei no tempo do potro

A lagoa pra outro lado

Com a val pela barriga do urco.

O potrilhos se meteram

Mato adentro.

Lida medonha que se parou

Por um buraco na cerca.

Que por suerte

Ainda deu de “vortea”

Sem misturar com animal

Do seu Ruja.

Ginete
Enviado por Ginete em 26/08/2010
Código do texto: T2461520
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