Recoluta
Arrojo de potro
Polvadeira pra riba.
Sai do tranco ligeiro
Pra o galope.
Soube que no campo da lagoa
Tinha cerca caída.
Recoluta incerta na horas
Levei laço pronto nos tentos.
Mirada larga e altaneira
Nos olhos que campeavam
Os potros que ainda pra doma
Ainda nem notiçia .
Por seres ainda cornilhudos
Só tinha um tosdado
Que ainda se amansava de cabeça.
O patrão me olhou firme
Enquanto montava ligeiro
Num rosilho de bocal
Mas que já dava pra camperiar.
Segui levantando terra e flechilha
Bem pra cima da copa.
Cheguei mirando de largo
Já ao longe no campo.
Já enxerguei dois de oito ainda passando
Pra o lado do seu Ruja.
Cruzando pelo meio da lagoa
Tentei meter o rosilho mas não deu.
Cruzei no tempo do potro
A lagoa pra outro lado
Com a val pela barriga do urco.
O potrilhos se meteram
Mato adentro.
Lida medonha que se parou
Por um buraco na cerca.
Que por suerte
Ainda deu de “vortea”
Sem misturar com animal
Do seu Ruja.