De grampo e crina

O potro escondeu a cara

antes do portão.

Ia no mais ao tranco manso

que com olhos mirava largo

alén da cerca talvez algum

olhar moreno.

Que na sentada de vereda

buscou cara volta

sentando, dando volta

se atirando pra traz

que o grampo do farpado

que sentado sob o arame estirado

na espera pela crina

pra balançear junto ao vento

ficou com bem mais

que crina e vento.

Na volteada do potro

que escondendo a cara

por malino se atracou

dando pelo e carne

procurando a volta mais braba.

Provou o mesmo gosto que

as garras que se fazem em floreio

garreando forte junto ao corpo dos potros.

Talvez fosse outro tipo

que o potro queria

mas pelo jeito da volta

queria perder a doma do tento

que lhe governa ainda

de queixo duro.

Que enfrena e ajeita

com uma mirada larga no olhos

que na volta que do rebenque

ajeita e junto com as garras.

QUe o grampo da cerca sentiu

bem mais que crina e grampo

pra balançear no vento

que na esperas e nos sabores

que do campo se faz

ainda no duro golpe de uma sentada.

Ainda que se sebre crina

ainda se se para a mirar

o tempo e campo.

Ginete
Enviado por Ginete em 19/08/2010
Código do texto: T2448090
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