De grampo e crina
O potro escondeu a cara
antes do portão.
Ia no mais ao tranco manso
que com olhos mirava largo
alén da cerca talvez algum
olhar moreno.
Que na sentada de vereda
buscou cara volta
sentando, dando volta
se atirando pra traz
que o grampo do farpado
que sentado sob o arame estirado
na espera pela crina
pra balançear junto ao vento
ficou com bem mais
que crina e vento.
Na volteada do potro
que escondendo a cara
por malino se atracou
dando pelo e carne
procurando a volta mais braba.
Provou o mesmo gosto que
as garras que se fazem em floreio
garreando forte junto ao corpo dos potros.
Talvez fosse outro tipo
que o potro queria
mas pelo jeito da volta
queria perder a doma do tento
que lhe governa ainda
de queixo duro.
Que enfrena e ajeita
com uma mirada larga no olhos
que na volta que do rebenque
ajeita e junto com as garras.
QUe o grampo da cerca sentiu
bem mais que crina e grampo
pra balançear no vento
que na esperas e nos sabores
que do campo se faz
ainda no duro golpe de uma sentada.
Ainda que se sebre crina
ainda se se para a mirar
o tempo e campo.