RESTOS DE TI
Do rancho,
velha tapera,
restou só o assobiar do vento
frigindo entre as frestas
d'algumas costaneiras birrentas
que teimavam em rodear a morada.
O arvoredo virou capão,
a taipa perdeu-se entre as eras e heras.
Os olhos, marejados,
atados a tua figura
desvanecida na figueira,
turvavam tudo que de ti lembrava.
Sobraram apenas restos,
fragmentos de vidas mancomunadas,
espraiados campo à fora,
enredados no trespassar do tempo...