Copla de aurora e noite xirua

As vezes se acha comparsas

as vezes se perdem certas comparsas

que por debaixo das abas

se erguem coplas e tempos.

Auroras que me mostram a cara

emquanto miro além das paredes

altas do meu galpão.

Sabendo que lumens de madrugada

se acabem juntito ao sol

que nascem e vai ser morente

ao final da ressolana da tarde

que espicha solita o rastro das

garras que pelos ojos se pierdem

juntos as coplas.

Que lá razon de janos e recuerdos

as vezes pequenos se ficam

pra amargar mais um mate bueno

antes que a luna se vá

pelo pealo da manhã.

E sobre o baldrame do galpão

se recosta as esperar a ultima

estreja andarilha se ir

junto aos raios do sol.

E deixar as vezes pra o choro

fino de esporas mingua

coplas assoviada como ojos

molhos.

E ver que além do portal

do caminho até o galpão

onde me paro com milongas que

se entonan e se entortam

feito a argolas saber

que a noite some mas resurge

junto ao fim da ressolana

com olhos de campo.

Ginete
Enviado por Ginete em 12/07/2010
Código do texto: T2373249
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.