Copla de aurora e noite xirua
As vezes se acha comparsas
as vezes se perdem certas comparsas
que por debaixo das abas
se erguem coplas e tempos.
Auroras que me mostram a cara
emquanto miro além das paredes
altas do meu galpão.
Sabendo que lumens de madrugada
se acabem juntito ao sol
que nascem e vai ser morente
ao final da ressolana da tarde
que espicha solita o rastro das
garras que pelos ojos se pierdem
juntos as coplas.
Que lá razon de janos e recuerdos
as vezes pequenos se ficam
pra amargar mais um mate bueno
antes que a luna se vá
pelo pealo da manhã.
E sobre o baldrame do galpão
se recosta as esperar a ultima
estreja andarilha se ir
junto aos raios do sol.
E deixar as vezes pra o choro
fino de esporas mingua
coplas assoviada como ojos
molhos.
E ver que além do portal
do caminho até o galpão
onde me paro com milongas que
se entonan e se entortam
feito a argolas saber
que a noite some mas resurge
junto ao fim da ressolana
com olhos de campo.