A desculpa pela desculpa
A desculpa é o refúgio, senão,
Subterfúgio do autoperdão.
Sempre o outro é o culpado,
Mesmo longe do outro lado.
Para que o meu pecado seja expurgado
E para inculpar o meu irmão.
É um pensamento atrasado,
Porém, é a minha ignara razão...
Ah... Se não fosse isso...
Ah... Se não fosse aquilo...
É o homem em seu estilo
Armando-se à ouriço.
- Será serelepe, esquilo?
É a consciência a serviço.
Cabeça cheia de grilos...
Ou será o caminho do hospício?
Por que se é assim?
Seria por frustração,
Ou a razão do fim?
É a fragilidade humana
Qual bola de cigana,
Veja se não se engana
Com essa cebola
Boleando em sua mão.
Sem a mente tola
Seguindo sempre a razão.
Desculpa é bambolê de otário
Que sem nenhum salário
Faz rebolar
Sem sair do lugar.