Sabedoria de campo

Um sentido que vai fazendo

há volta.

Faz o índio achar o rumo

no mar verde.

Quando cruzo o corredor,

com a ponta de potro por diante.

Levo na culatra há alma,

e de fiador os sonhos.

Que tantos já se perderam,

pelos descaminhos compridos

do tempo.

Já andei desgarrado do pago.

Mas busquei há volta logo.

Carrego dentro de min há alma,

torena e uma morena nos olhos.

Morena de mirada índia,

que fez a lida parecer pequena

demais, prá um índio dos

arreios.

É este sentido.

Um sexto amais que o campeiro tem.

Sabe onde ponta ta no

campo sem ver.

E sente antes da tropa estourar.

Sentido que carrega na alma,

sem entender.

Mas entende o porque?

De saber das cosas do

campo.

Ginete
Enviado por Ginete em 26/04/2010
Código do texto: T2220317
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