Sabedoria de campo
Um sentido que vai fazendo
há volta.
Faz o índio achar o rumo
no mar verde.
Quando cruzo o corredor,
com a ponta de potro por diante.
Levo na culatra há alma,
e de fiador os sonhos.
Que tantos já se perderam,
pelos descaminhos compridos
do tempo.
Já andei desgarrado do pago.
Mas busquei há volta logo.
Carrego dentro de min há alma,
torena e uma morena nos olhos.
Morena de mirada índia,
que fez a lida parecer pequena
demais, prá um índio dos
arreios.
É este sentido.
Um sexto amais que o campeiro tem.
Sabe onde ponta ta no
campo sem ver.
E sente antes da tropa estourar.
Sentido que carrega na alma,
sem entender.
Mas entende o porque?
De saber das cosas do
campo.