De ontem pra hoje
Ontem corria carreira
Indo e vindo da escola.
Voltava tocando viguela
Com uma comparsa de guri.
Jogando truco, fazendo briga
E correndo da chuvas sem capa.
Agora mais velho,
Andarengo me fiz.
Ando pelo pueblo com rumos
Adversos com coplas
As vezes suprimidas no pensar
E as vezes voando no vento.
Mais um eito se forma
Por o peso do buçal dos anos
Que vem mudando a estampa
De campo e galpão.
Anos, segredos, novo gado,
Novo andar tocando as
Cosas que a vida faz pela
Frente.
Me mostra pela cara.
De charlar enquanto mateio
Ou visto garras.
Ontem era pia de galpão
Tocando vaca de leite,
Sendo mandalete dos mais velhos.
Hoje ginete com o guri
Que apreendeu a ser homem
Pra deixar o guri pra os recuerdos
E pra brincar com os niños das casas.
Que contempla mirando ainda pelo
Corredor com esperas ainda
Suenos por fazer...