Convidando o pingo nas garras
Na boca da noite
Sai com pressa
Bem muntado numa zaina
Com os “zoio” na vila.
Convidava o cavalo nas garras.
Vamo cavalo!
Que a xirua Roberta ta por lá
Já.
Vestido de chita florida
Se ajeitando nas fitas
Que prendem as melenas.
Convidava o cavalo.
Vamo cavalo!
O Zé já deve estar por lá
Abrindo toca que nem
Bagual pela frente dela.
Pu pu, e vamo cavalo.
Nas esporas não deixava
Alivia o trote estendido!
Nas pedras do corredor
Alivia um pouco.
Mas terra beirando o arramando do
Corredor, “Sortava” a boca e
Convidava.
Convidava o cavalo .
Vamo cavalo!
A filha do seu Juca
Já anda por lá com o mesmo,
Sorriso de estrejas
Madrugueiras.
O Teles já vejo floereado uma
Viguela pelo palco.
O Don Juliano meio oitavado
Preseando com o gaiteiro
Da botoneira.
Convidava o cavalo.
Vamo cavalo!
Que a primeira marca
Com a Roberta é minha.
Já deixei tratado.
Mas na antes do”armoço”
no bolicho da linha.
O Zé me reportou que era
Com ele a primeira marca
Com ela.
Convidava o cavalo.
Vamo cavalo!
Pensando lá no bailongo no
Salão do quatroze
Pela frente da capela.
Que nem lugar deve ter
Mais pra atar, minha zainita.
Talvezs na frente “teja” cheia.
Convidava o cavalo.
Vamo cavalo!
Que cruzei o passo a trote
Com água pelos joelhos da zaina.
E na volta, volto preseando.
E faço a “vorta maió” ajeitando
O lenço e batendo estribo
Com a charrete da Roberta.
De tanto convida a zaina pelo
Corredor, cruzei de largo
A capela e graças a Deus”
-Cheguei antes do Zé.