Natal Pampeano
NATAL PAMPEANO
Peço licença, parceiro,
Para adentrar no teu rancho,
Mas sem chegar “de carancho”
Trago este chasque bagual,
Ensejando que o Natal
Não se esgote num só dia
E um manancial de alegria
Seja fonte de virtudes,
Guaiaca farta e saúde
E o amor que contagia.
Mas, parceiro (a), não te esqueças
Que nosso aniversariante
Por vezes, fica distante
E não raro é esquecido;
Na manjedoura, nascido
Entre “cueiros” de humildade
Transmitiu à humanidade
Que todos somos iguais,
E só os bens materiais
Não trazem felicidade.
Sacia a boca faminta
Daquele que nada tem,
Pois em dobro sempre vem
Tudo quanto se partilha,
E um raio de luz, encilha
Com arreios de esperança,
E nesse trote se alcança,
Ao ginetear ilusões,
Saudosas recordações
De quem sempre foi criança.
Se alguns sonhos se perderam
Nas macegas ou coivaras,
Esporeia o malacara,
Não te curves ao fracasso;
Quão triste é cruzar os braços
Se até mesmo um haragano,
Diante do esforço humano,
Com ternura, é adestrado
Sejam, portanto, pialados
Teus planos pro o Novo Ano.
Natal de 2009
Jorge Moraes