Zamba de um guitarreiro
Zamba que me faz lembrar
De olhos.
Zamba Del cuero que vai
Proseando comigo junto ao meu pensar.
Segue zamba charlando e contando
La fora as minhas cosas pra
Quem ouve um toque as vezes mais ligeiro
Outrora mais lento.
Que me toca zamba nochera
E das lunas campo afora
Que costea junto as viguelas
Que vai charlando de min.
Se vai zamba que num trago
Largo se perde o guitarreiro,
Que da viguela andarilha se
Mostra pelo corazon
E dos redomões que da boca
Vai ajeitando num assovio
Que da zamba de ontem mirando
A luna lejos em mi galpão.
De tua alma zamba amiga
As as vezes que se aporrea
Num loucura eterna de quem
Por uma viguela se perde.
Mesclando coplas e arrematando
Por uma zamba gineta.
Zambita de meus guardados
Que de contra envido se salta em
Flor num verso antes de mostra as cartas.
Que das cordas saca recuerdos
De alma e coplas de gauchos
Viventes dos bastos que se estraviam
Pelos campos.
E em zambas se viram guitarreiros
Pra luna que guarda amores
E coplas de almas inteiras
Cheias de juyos .
Ao guitarreiro que se espalha
Por um zamba gineta.