Num certo fim de tarde, pensou Inácio
Numa tarde dessas Inácio se pegou
A encismemar e pensar nas cosas de
Ontem.
Pois quem bota pealo de todo o laço,
Uma hora fica pealado pela volta
Que as almas caborteiras fazem.
Que das esporas atadas com tentos
E segredos pela boca dos potros,
Que com a calma da sua doma
Guardam rumos de estrela andarilhas.
Inácio quem de pouco sorria pela
Porteira afora, com lembranças
De outro portal onde na desencilha
Mirava flores no rumo da porta.
Pela lembrança potra maula
Que ficou com a mirada pelo
Campo, com um sueno sinuelo
Como se chamasse a ponta.
Que por um lenço colorado,
Trocou por um preto.
Pra guardar o seu luto solito.
Que das esperas das rondas largas
Pela voz do mate o Inácio,
Revia recuerdos perdidos pelas
Labaredas que levanta junto ao fogo.
Rebeldias de potros, que fizeram
Em seu peito, dá dor guardou ,
Pra seu lenço negro igual a uma noite
Que sai sem luna e estrelas madrugueiras.
Inácio na sua pressa se faz recoluta,
Fez morada sem querer nas estradas
Ao gostar de uma estrela, pois soube
Por si, que elas não são pra ficar
Debaixo do chapéu, que do céu
Longe fica pra quem mira sob
Os arreios, segurando firme na rédeas do
Bocal, lembrando do regalo guardo junto
Ao seus guardados mais buenos.
Que não saiu nunca da caixa, donde
Inácio mira sem abrir e se para ensimesmar,
E volta pra si.