Aos olhos de uma alma tropeira
Saiu correr mundo.
Levou a alma junto as garras
E ao corredor fez suenos
Em pica flor.
Tantos foram os potros
Tantas foram as pousadas.
Caminos tantas vezes refeitos
No rumos das feiras.
Lejos por terra paisanas,
E por plagas orientais
Foi o tempo.
Conhecedor de campos arremos
E potros só no mirar a cruzar
La carreiteira.
Que por campos e galpões
Mirando por tierras estranhas,
Ontem piazino pela frentedo rancho
Aos olhos do pai encilhando um gateado
Ajeitando a bombachas brancas.
Agora lejos pela frente dos mesmo
Olhos andantes que as estrelas
Que vaijeiras se mostram nos rumos
Que tentando pegar o céu com as mãos.
Segui no rumo que leva pela alma
Por diante.
Quando o índio prova o gosto
Do corredor que mostra mil rumos pela
Frente.
Tenta voltar pra o mesmo caminho
Mas sempre volta por outro
Caminho.
Que por potros buenos de muntar
Que se enfrenan pelo lombo
Do corredor, masca uma polvadeira
Que pelo olhar lejos.
Mira ranchos e galpões
Que correndo mundo afora.
Se torna sombras que o sol
Desenha e projeta sob os pastos.
Ao passo do potro ou do flete
Bueno e leal que pela
Carretiera vai tangendo,
Ora na culatra, hora de ponteiro.
Que pelo balancear sob os bastos
Mesmo lejos recuerdos e saludos
De porteira povoam.
Que pelos domadores, e ponteiros
Que se encontra campo afora
Em luzeiros tão distantes.
Mirando largo.
Mas fica na vontade de correr
Mundo e na vontade de pousar
Sempre pelas casas.