Aos olhos de uma alma tropeira

Saiu correr mundo.

Levou a alma junto as garras

E ao corredor fez suenos

Em pica flor.

Tantos foram os potros

Tantas foram as pousadas.

Caminos tantas vezes refeitos

No rumos das feiras.

Lejos por terra paisanas,

E por plagas orientais

Foi o tempo.

Conhecedor de campos arremos

E potros só no mirar a cruzar

La carreiteira.

Que por campos e galpões

Mirando por tierras estranhas,

Ontem piazino pela frentedo rancho

Aos olhos do pai encilhando um gateado

Ajeitando a bombachas brancas.

Agora lejos pela frente dos mesmo

Olhos andantes que as estrelas

Que vaijeiras se mostram nos rumos

Que tentando pegar o céu com as mãos.

Segui no rumo que leva pela alma

Por diante.

Quando o índio prova o gosto

Do corredor que mostra mil rumos pela

Frente.

Tenta voltar pra o mesmo caminho

Mas sempre volta por outro

Caminho.

Que por potros buenos de muntar

Que se enfrenan pelo lombo

Do corredor, masca uma polvadeira

Que pelo olhar lejos.

Mira ranchos e galpões

Que correndo mundo afora.

Se torna sombras que o sol

Desenha e projeta sob os pastos.

Ao passo do potro ou do flete

Bueno e leal que pela

Carretiera vai tangendo,

Ora na culatra, hora de ponteiro.

Que pelo balancear sob os bastos

Mesmo lejos recuerdos e saludos

De porteira povoam.

Que pelos domadores, e ponteiros

Que se encontra campo afora

Em luzeiros tão distantes.

Mirando largo.

Mas fica na vontade de correr

Mundo e na vontade de pousar

Sempre pelas casas.

Ginete
Enviado por Ginete em 07/12/2009
Código do texto: T1964255
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