Proseando no Pueblo

Por ser assim, me fui.

Permisso.:

Charlo de cosas de campo e galpão.

De alma de campo

E coplas bagualas,

Que pela volta das horas

Me paro multiplicando distâncias.

Pelo andar dos fletes

Buenos e de guerra, que prossigo.

Na alma que campo afora

Se esvai.

No mate e nas minhas garras

Que não se achicam pra potro

Que vem pela frente do galpão

Se blandiando pras os dois lados.

Permisso.:

Se sou de campo.

Se sou da raça andarilha

Que trilha caminho e coxilha

Na sina de ser campo afora.

Não sou quem estampa cartões

Postais pela frente dos bolichos,

Mas sou vivente dos arreios.

Permisso.;

Se não sou como pensas

Que pelos estouros de potros

E redomões fiz minha escola

Pelo o campo afora.

Empurro minha alma por diante

Escrevendo por esporas

E ajeitando pela boca de algum

Potro as cosa que vivo.

Permisso.:

Minha vida de campo,

Por ser bonita pra seus olhos

Mas tens medo do campo.

Mas pra mim que desde muito antes

Me formei pelas coxilhas e galpões

Pealando e enfrenando...

Vivendo pela “veira” da linha

Correndo carreira estendida até na venda

Com os cuscos.

Permisso.:

Se não sou quem os teus olhos

Queriam ver pela praça.

Mas vivo lá fora longe dessa desgraça.

Se tanto amas sua querência

Por destrói riscando as paredes

Da praça?

Ginete
Enviado por Ginete em 01/12/2009
Código do texto: T1955186
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.