Proseando no Pueblo
Por ser assim, me fui.
Permisso.:
Charlo de cosas de campo e galpão.
De alma de campo
E coplas bagualas,
Que pela volta das horas
Me paro multiplicando distâncias.
Pelo andar dos fletes
Buenos e de guerra, que prossigo.
Na alma que campo afora
Se esvai.
No mate e nas minhas garras
Que não se achicam pra potro
Que vem pela frente do galpão
Se blandiando pras os dois lados.
Permisso.:
Se sou de campo.
Se sou da raça andarilha
Que trilha caminho e coxilha
Na sina de ser campo afora.
Não sou quem estampa cartões
Postais pela frente dos bolichos,
Mas sou vivente dos arreios.
Permisso.;
Se não sou como pensas
Que pelos estouros de potros
E redomões fiz minha escola
Pelo o campo afora.
Empurro minha alma por diante
Escrevendo por esporas
E ajeitando pela boca de algum
Potro as cosa que vivo.
Permisso.:
Minha vida de campo,
Por ser bonita pra seus olhos
Mas tens medo do campo.
Mas pra mim que desde muito antes
Me formei pelas coxilhas e galpões
Pealando e enfrenando...
Vivendo pela “veira” da linha
Correndo carreira estendida até na venda
Com os cuscos.
Permisso.:
Se não sou quem os teus olhos
Queriam ver pela praça.
Mas vivo lá fora longe dessa desgraça.
Se tanto amas sua querência
Por destrói riscando as paredes
Da praça?