As niñas

Num palita curto prosea

Um das niña com outra das casas.

Num olhar milongueiro vai proseando

Que tem chocolate e vai viajar.

No mate mira um ginete das casa

Que sorri ao ver que ali,

Pela ramada na polvadeira que se

Lavanta das firulas da meninas.

Que vão fazendo casa e vila

E posto inteiro, para guardar

Do vento, num upa uma capa que vira

Casa grande do patrão.

No mate que segue mirando.

As duas niñas, que se vão sem

Notar que o final da tarde, vai de manso.

Na sua milonga que quer ter chocolate.

Vão rodeando uma a palita curto

E outra brincando que fez a recoluta

Da tarde.

No mate que se segue mirando.

As vezes largo, as vezes perto

Vai mirando a duas niñas a prosear

No seu espaço de mundo.

Na pressa que segue a tarde

Vão numa milonga depois

Da outra.

Uma charla que tem campo e tropa,

Mas a outra charla que tem

Chocolate, que a outra num upa

Troca tudo pra si.

Talvez nem sintam o peso ainda

Do mundo, que só nos olhos

Sentam as garras pra o pueblo.

E pelo palita curto de uma,

A outra se ajeita pra seguir

Na milonga que inventam equanto

A tarde encomprida.

Ginete
Enviado por Ginete em 28/11/2009
Reeditado em 07/12/2009
Código do texto: T1948948
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