As niñas
Num palita curto prosea
Um das niña com outra das casas.
Num olhar milongueiro vai proseando
Que tem chocolate e vai viajar.
No mate mira um ginete das casa
Que sorri ao ver que ali,
Pela ramada na polvadeira que se
Lavanta das firulas da meninas.
Que vão fazendo casa e vila
E posto inteiro, para guardar
Do vento, num upa uma capa que vira
Casa grande do patrão.
No mate que segue mirando.
As duas niñas, que se vão sem
Notar que o final da tarde, vai de manso.
Na sua milonga que quer ter chocolate.
Vão rodeando uma a palita curto
E outra brincando que fez a recoluta
Da tarde.
No mate que se segue mirando.
As vezes largo, as vezes perto
Vai mirando a duas niñas a prosear
No seu espaço de mundo.
Na pressa que segue a tarde
Vão numa milonga depois
Da outra.
Uma charla que tem campo e tropa,
Mas a outra charla que tem
Chocolate, que a outra num upa
Troca tudo pra si.
Talvez nem sintam o peso ainda
Do mundo, que só nos olhos
Sentam as garras pra o pueblo.
E pelo palita curto de uma,
A outra se ajeita pra seguir
Na milonga que inventam equanto
A tarde encomprida.