Deixo pra garras

Pra esses malinos que sacodem

Arreio, espora crinuda.

Que agente leva no osso do peito

A chincha bem apertada.

Que pela volta da lida

Que o malino campeã a volta

Mais braba, e as vezes saca dos

Bostos de quem tenta a sorte.

Nesse jogo de culo e surte clavado

Paraçendo que mescla um

Truco que se mal envidado, e o

Outro num verso mais bagual bota

Em flor.

Que sei que esses malinos

Que mandam lombo campo afora

Tem na sua raça, de ser aragano.

Que andam pelo mundo

A espera de domador, mas

Não entregam nem na volta

Mais braba e nem na calma de um entardecer.

Que bagual agente espera

O golpe mais forte depois

Depois do outro num chamerrio

Cadenciado.

E mesmo manso e bueno de arreio

Sabe que as vezes se nega quase tirando

O índio desprevenido que vem com a alma

Longe.

Que pra malino que manda lombo

Só deixo as garras prosearem

Com eles enquanto sigo nos bastos.

Que se caio levanto, e sigo

Batendo carona em alguma

Mancha de campo aberto.

Ginete
Enviado por Ginete em 05/11/2009
Código do texto: T1906654
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