Deixo pra garras
Pra esses malinos que sacodem
Arreio, espora crinuda.
Que agente leva no osso do peito
A chincha bem apertada.
Que pela volta da lida
Que o malino campeã a volta
Mais braba, e as vezes saca dos
Bostos de quem tenta a sorte.
Nesse jogo de culo e surte clavado
Paraçendo que mescla um
Truco que se mal envidado, e o
Outro num verso mais bagual bota
Em flor.
Que sei que esses malinos
Que mandam lombo campo afora
Tem na sua raça, de ser aragano.
Que andam pelo mundo
A espera de domador, mas
Não entregam nem na volta
Mais braba e nem na calma de um entardecer.
Que bagual agente espera
O golpe mais forte depois
Depois do outro num chamerrio
Cadenciado.
E mesmo manso e bueno de arreio
Sabe que as vezes se nega quase tirando
O índio desprevenido que vem com a alma
Longe.
Que pra malino que manda lombo
Só deixo as garras prosearem
Com eles enquanto sigo nos bastos.
Que se caio levanto, e sigo
Batendo carona em alguma
Mancha de campo aberto.