Com a Mirada na Aurora
Na baeta colorada que mostra
O pala negro.
Um mate recém cevado
Que longo se vai lentamente lavando.
No olhar que vai parando rodeio
Se vai pelo corredor,
No beijo que guardou pela
Bomba de prata.
Na espera pelo final da madrugada
Sai uma aurora rubra
E maragatiada que pelo longe
Ainda o orvalho solta-se das flores.
Na mirada que longe se vai
Na mangueira ficou um laço
Posando no sereno.
Nos olhos da manha que assistem
Junto comigo o sair do dia
Metendo a cara no buçal.
A tropilha mansa pra lida
Se para pela frente pedindo
Trato, mas não encilho
Que as minha, pelo campo se
Espalha pedindo bastos.
O patrão, me olha convidando
Pra o serviço.
Minhas esporas que pousaram
Pelos contra fortes das botas.
Esperam a manhã surgir
Pra encilhar mais um que se
Amansa pelo serviço de lida
E rodeio.
Que nos olhos se via
Procurando na aurora
Que ontem foram cosas primeiras
E hoje são recuerdos.
Na manhã que destapa ainda
Me paro ainda matear.