Vou morar nas grotas

Vou construir o meu rancho (refrão)

Onde o diabo perdeu as botas,

Donde faz ninho o carancho,

Bem lá no fundão das grotas...

A minha grossura não permite

Conviver na sociedade,

Pois eu não posso agüentar

Esses modos da cidade...

O trânsito é uma esculhambação

Na sinaleira tem pivete,

Tem motorista borrachão

E motoqueiro que se mete...

As moradas são uns cercados

É o medo de ladrão

Parecem gado confinado

Esperando o caminhão...

Os vizinhos são estranhos,

Nem bom dia nem boa tarde,

Parecem de outro rebanho,

Vou-me embora sem alarde...

Não posso estar satisfeito,

Esse mundo ta virado

Até o diabo do respeito

Também foi posto de lado...

Vou-me agora pras bibocas

Ligeiro como um raio

Levo só minha chinoca

E de lá nunca mais saio...

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andré diefenbach
Enviado por andré diefenbach em 20/10/2009
Código do texto: T1876691
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