Milonga ao que se encontra pela noite

De dia tenta ser urbano

Quando a noite recai sobre

Os campos, que os de campo

Saem a procurar bailongos e carpetas.

Sae junto, coloca uma bombacha

E um par de botas que aparentam

Novas, pra talvez dançar um pouco.

Cruzo o posto intero lidando

Semana e pico pra ir mirar

E me largar num trancão de

Fundamento.

E pra ver esses loucos

Que cruzam pelas noites

Lobunas pela cidade.

Nem sabem encilhar algum

Cavalo manso, mas pela

Noite, se largam pelos

Caminhos querendo a bailar.

Talvez queiram ser como

Gente que vive o campo.

Mas nem sabem usar uma

Bombacha e atar um panuelo junto

Ao peito.

Me dá vontade quando miro

Esses que nem sabem que são,

De cortar pra matar.

Então me paro queito

A mirar até o tipo que bailam.

Não encontro jeito e bailam

De tudo quanto for jeito.

Chega me dá um desgosto

De mira-los perdidos.

Talvez me ouvido demais

Mas pelos caminhos de la noche.

Se encontra de tudo e maisum tanto.

Desde índios buenos de campo,

Com a fina flor de ser campo

Por excelência.

Até esses loucos que cruzam

Sem saber que são.

Ginete
Enviado por Ginete em 10/10/2009
Código do texto: T1859275
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