Milonga ao que se encontra pela noite
De dia tenta ser urbano
Quando a noite recai sobre
Os campos, que os de campo
Saem a procurar bailongos e carpetas.
Sae junto, coloca uma bombacha
E um par de botas que aparentam
Novas, pra talvez dançar um pouco.
Cruzo o posto intero lidando
Semana e pico pra ir mirar
E me largar num trancão de
Fundamento.
E pra ver esses loucos
Que cruzam pelas noites
Lobunas pela cidade.
Nem sabem encilhar algum
Cavalo manso, mas pela
Noite, se largam pelos
Caminhos querendo a bailar.
Talvez queiram ser como
Gente que vive o campo.
Mas nem sabem usar uma
Bombacha e atar um panuelo junto
Ao peito.
Me dá vontade quando miro
Esses que nem sabem que são,
De cortar pra matar.
Então me paro queito
A mirar até o tipo que bailam.
Não encontro jeito e bailam
De tudo quanto for jeito.
Chega me dá um desgosto
De mira-los perdidos.
Talvez me ouvido demais
Mas pelos caminhos de la noche.
Se encontra de tudo e maisum tanto.
Desde índios buenos de campo,
Com a fina flor de ser campo
Por excelência.
Até esses loucos que cruzam
Sem saber que são.