RIMAS

Rimas de amor? Disseram que já era!

Mas eu não penso asim, a primavera,

Retorna a cada ano felizmente...

O círculo da vida se repete,

E cada um de nós, certo compete,

Raciocinarmos pia e livremente!

Portanto admiremos a candura,

Daquela rosa, a destilar ternura,

Do seu botão à flor, santa inocência,

Dentre milhares de outras obras primas,

A rosa é tão somente uma das rimas,

No eterno poema da existência!

Quando se vê à tarde, em sombras, fria,

Toldando a tela perenal do dia,

No parque, a solidão entra de luvas!

Ouço a vibrar ao léu, num vago giro,

Os poemas de amor de CASIMIRO,

Na transparência líquida da chuva!

Rimas de amor? contemplo-as no todo,

De um lago muito azul, e até no lodo,

Onde florescem lindos lírios puros!

Dos jardins, aos desertos mais agrestes,

É que contemplo os querubins celestes,

Ensaiando os poemas do futuro!

Rimas de amor? Em tudo mesmo assisto,

A Obra Magistral do Eterno Cristo,

Desde o ciclone bruto, à brisa leve...

No universo, este Salão de Arte,

Tudo que existe, é uma simples parte,

Dos poemas de amor, Deus escreve!

Edison Palmer
Enviado por Edison Palmer em 01/10/2009
Código do texto: T1841775
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