Se vai no rumo quem não tem a quem voltar

O ginete que não tem

A quem voltar.

Se desgarra junto aos corredores

Com a alma por diante.

Se aparta por luzeiros

E por restos de bailes,

Onde a suerte se para

Pelo ferro branco.

O ginete que não tem

A quem voltar.

Se para pelas bocas

Com os olhos procurando nas estrelas.

Que pela polvadeira que levanta

Sai sem saber que rumo

As vezes seguir, que na alma

Se destapa lejos.

Na boca um sabor de mate

Que vai buscando pela lida

Que desenha as horas

E busca seguir.

Que das sombras onde,

Num fim de tarde quando os

Outros voltam, se mira

Que as estrelas se desgarram junto aos olhos.

Que miram sorvendo a luna,

Que longe surge anunciando

A noite que parceira de ronda

Vai ser mais longa.

O ginete que não tem

A quem voltar.

Vai no rumo que o vento

Vem batendo nas melenas.

Que bem mais lejos

Mira no horizonte que por

Mais lejos sabe que só tem

O campo e aguadas que surgem

Na frente dos olhos.

Ginete
Enviado por Ginete em 23/09/2009
Código do texto: T1827723
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