Em outras querências vi meu rancho

Por terras paisanas ando

Com minhas garras trompando

A tropa que se alonga pelas

Plagas .

O bagual tubiano vai as vezes

Atirando o freio mas sabe que

O rumo se desenha no horizonte

Que se alarga pela vista.

Mira o céu de outros campos

E vê que não é o do seu canto.

O campo mesmo de cima da serra

Com a geada mais braba.

Mesmo assim é mais verde,

Nessas plagas paisanas onde

As vezes um gendarme para

Pra mirar os papeis.

Sei que aqui por outras plagas

Onde o charlar é diferente,

Com jeito de campo mais ainda.

Onde talvez só no mate

Ainda sejamos iguais.

Mas longe das casas o mate

Mais bueno fica lunareijo.

Fica mais silente e sinuelo

Que junto aos movimentos cedo

Da encilha silente sabe que pra longe

A tropa cruza.

Talvez depois que entregue

Na capital siga por mãos

De alguns paisano tropeiro

Pra mais longe cruze os altiplanos por diante.

A memória se alembra de outros

Potros desde o gateado primeiro

Aos tordilhos que nevegaram e gastaram

Corredores com tropas e rumos na boca.

E na polvadeira que se gruda nas botas

Traz segredos de luna e estrada

Pra quem as vezes bate estrivo

Com o sol e mira a luna distante.

Ginete
Enviado por Ginete em 06/08/2009
Código do texto: T1740428
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