Em outras querências vi meu rancho
Por terras paisanas ando
Com minhas garras trompando
A tropa que se alonga pelas
Plagas .
O bagual tubiano vai as vezes
Atirando o freio mas sabe que
O rumo se desenha no horizonte
Que se alarga pela vista.
Mira o céu de outros campos
E vê que não é o do seu canto.
O campo mesmo de cima da serra
Com a geada mais braba.
Mesmo assim é mais verde,
Nessas plagas paisanas onde
As vezes um gendarme para
Pra mirar os papeis.
Sei que aqui por outras plagas
Onde o charlar é diferente,
Com jeito de campo mais ainda.
Onde talvez só no mate
Ainda sejamos iguais.
Mas longe das casas o mate
Mais bueno fica lunareijo.
Fica mais silente e sinuelo
Que junto aos movimentos cedo
Da encilha silente sabe que pra longe
A tropa cruza.
Talvez depois que entregue
Na capital siga por mãos
De alguns paisano tropeiro
Pra mais longe cruze os altiplanos por diante.
A memória se alembra de outros
Potros desde o gateado primeiro
Aos tordilhos que nevegaram e gastaram
Corredores com tropas e rumos na boca.
E na polvadeira que se gruda nas botas
Traz segredos de luna e estrada
Pra quem as vezes bate estrivo
Com o sol e mira a luna distante.