Do meu silêncio
Não te disse nada.
Não tive fuerças pra charlar
que não tinha resposta.
Seguei arrastando espora
pelo chão que dá polvadeira
que se levanta junto a mangueira
nos movimentos da encilha.
Junto aos olhos que lacrimaram
junto ao fogo, que campo afora
se arroja potros, pra recorrer
os segredos junto ao rodeio .
Ficou um ginete com esporas
milongando nos escarceios dos
pingos, que é quando os
silêncios sentam as garras
junto ao mate.
Pra voltear as penas,
que dos rumos polvorentos,
largei uma zaina que já
sabia o caminho mas não curzei o passo.
Não te disse nada.
Que dá voz de vento sob as copas
charlou com mais firmeza de ginete.
Que bolcou pra outros rumos
junto aos teus olhos que talvez
procuraram outros luzeiros.
Não te disse nada.
Que nas minhas horas de porfia
com miradas de semblantes junto
ao fogo.
Que apontam segredos junto
aos suenos sinuelos.