Do meu silêncio

Não te disse nada.

Não tive fuerças pra charlar

que não tinha resposta.

Seguei arrastando espora

pelo chão que dá polvadeira

que se levanta junto a mangueira

nos movimentos da encilha.

Junto aos olhos que lacrimaram

junto ao fogo, que campo afora

se arroja potros, pra recorrer

os segredos junto ao rodeio .

Ficou um ginete com esporas

milongando nos escarceios dos

pingos, que é quando os

silêncios sentam as garras

junto ao mate.

Pra voltear as penas,

que dos rumos polvorentos,

largei uma zaina que já

sabia o caminho mas não curzei o passo.

Não te disse nada.

Que dá voz de vento sob as copas

charlou com mais firmeza de ginete.

Que bolcou pra outros rumos

junto aos teus olhos que talvez

procuraram outros luzeiros.

Não te disse nada.

Que nas minhas horas de porfia

com miradas de semblantes junto

ao fogo.

Que apontam segredos junto

aos suenos sinuelos.

Ginete
Enviado por Ginete em 02/07/2009
Código do texto: T1679258
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