ALMA CAMPEIRA

Cá na cidade,

Quando a tristeza quase me mata

Eu fujo pro mato buscando coxilhas.

Vou camperiar minha alma

Lá pras bandas das Forquilhas.

Como a semente que brota no chão molhado

E se agranda em vida em pouco tempo,

Meus sentimentos libertários bem guardados

Se tornam pássaros e planam com o vento.

Meu coração cavalga potros xucros

Loucos galopes de sonhos e desatinos.

Sou alegria, liberdade e natureza

Na imaginação sou o próprio campesino.

Eu sou o rio. Eu sou o vento.

Eu sou a terra. Eu sou o sol.

Eu sou a alma livre do campo!

HAMILTON SANTOS
Enviado por HAMILTON SANTOS em 10/06/2009
Reeditado em 18/04/2012
Código do texto: T1642463