Como quem pega o corredor
Cevou um mate como quem
pega um corredor, com polvaldeira
erguida.
No andarilhar do tempo,
que na cevadura de um mate
pura folha com aguada buena
de cacimba.
Que na mirada guardou
olhos luzeiros e sorrisos
de luna pela volta.
Na boca um gosto de mate
que se amargou com nuançias
de tempo e copla.
Na recoluta de um entardecer
com estrelas chucras se desgarrando
do céu, mostro a baeta do meu pala
negro.
Até parece que o tempo se
parou pela porta de um ranchito.
O mate vai se lavando há erva
grossa.
Nessas andaças de campo e vento.
me paro por um upa há mirar
coplas de estrelas andarilhas,
que tentei pegar uma estrela com
a mão.
Que na sabedoria do tempo
me diga em floreios sinuelos,
pela boca da alma.
Que coplas ficam junto
ao tempo, com mesmo querer
e quando prova o tempo
com olhos de vento.
Ceva o seu mate pela volta
das horas com minha alma,
buscando há volta pela noite
que suenos e pensamentos na pela
ponta.