Como quem pega o corredor

Cevou um mate como quem

pega um corredor, com polvaldeira

erguida.

No andarilhar do tempo,

que na cevadura de um mate

pura folha com aguada buena

de cacimba.

Que na mirada guardou

olhos luzeiros e sorrisos

de luna pela volta.

Na boca um gosto de mate

que se amargou com nuançias

de tempo e copla.

Na recoluta de um entardecer

com estrelas chucras se desgarrando

do céu, mostro a baeta do meu pala

negro.

Até parece que o tempo se

parou pela porta de um ranchito.

O mate vai se lavando há erva

grossa.

Nessas andaças de campo e vento.

me paro por um upa há mirar

coplas de estrelas andarilhas,

que tentei pegar uma estrela com

a mão.

Que na sabedoria do tempo

me diga em floreios sinuelos,

pela boca da alma.

Que coplas ficam junto

ao tempo, com mesmo querer

e quando prova o tempo

com olhos de vento.

Ceva o seu mate pela volta

das horas com minha alma,

buscando há volta pela noite

que suenos e pensamentos na pela

ponta.

Ginete
Enviado por Ginete em 09/06/2009
Código do texto: T1640782
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