Pela boca da noite
um mate por um entardecer sinuelo.
me foi surgindo cosas da alma.
Foi mostrando pelo baio da tarde
suenos de ontem.
Segredos de um ginete,
que por um mate guardou
coplas e sorrisos.
Que pelas voltas do tempo
foi escrevendo pelas esporas
na terra dura da mangueira.
Na volta desse entardecer com
baio secando o lombo pela porta
do galpão.
Num canto um potro, noutro
anciãs e rebeldias mal domadas.
Cambiou coplas e suenos pela
boca da noite.
Nessa sina de ser campo e alma
guardou pela boca um gosto de
mate e coplas.
Que ao trote de um entardecer
que vem com zorzal pela volta,
Que nas estrejas na planura
de um céu zebruno que vem me mostram.
Uma que me aponta
prá um sueno que com há luna
converso prá ver se chega
mais perto de quem também mira há luna.
Pela ramada de um ranchito
de flores na porta.