Bailanta
Ia floreando o gaiteiro,
pelo canto da sala.
Pingo atado pela frente.
Com arreios da lida.
Gente que cruzou há linha
e léguas e pico, pra remexer o corpo
cansado na gaita que vinha de longe.
No movimento da sala
ia se ondulando pela sala
os de campo, com os da vila.
Mesclando na dança e na
prosa, uns já meio oitavado
num canto, com uma boracheira
pegando pelos garrões.
As vezes lá por fora um potro
se assustava da movimento,
e se atirava nas cordas.
Índios de venta aberta,
com silêncios e sonhos que
se vão indo pela madrugada.
Ainda que pense que cedo tem lida.
Mas se vai ainda com o zunido
das gaitas e com alguma copla
troteando pra lida direto.