Romance do Sol

O sol se entra pela janela

aberta com jeitos de mirar

longe.

Há luna se escondeu no céu

que do negro pala virou

há baeta azul pra mostrar

sua cor.

O potro se impacienta atado

no palanque do centro do galpão.

O radio florea numa chamarrá

ligeira.

Que se encilha com calma

mirando o longe que se

faz na moldura do galpão.

O bocal bem apertado,

faz emfrenação na hora de alçar

há perna.

Se estende o tranco, depois o trote

se vai pela quinchá do campo,

costeando o rio até no passo.

Na volta mirando o mesmo horizonte

largo entre o lombo e o céu,

miro estrelas que ficam cadentes

nos meus olhos.

Que no céu, mirando coplas

e sonhos sinuelos pela volta

da noite grande.

Nisso o sol, se esconde

com jeitos de não ir.

Deixa um rasto de suas esporas

riscando fundo no céu.

Deixa prá traz seu bem querer

pela luna, que vem vindo

sorrindo pelo caminho,

de pala de prata.

Dedicado a uma estrela madrugueira...

Ginete
Enviado por Ginete em 10/05/2009
Reeditado em 21/10/2009
Código do texto: T1586164
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