Escravos

O corpo sangra
A mente não se engana
Com as pernas bambas
Aguarda outra pancada.

O grito que ecoa
Um canto estrugido
Não que doa
Mas satisfaz o verdugo.

Nos braços aço quente
As pernas dormentes
O coração ardente
A caminhar em correntes.

Selvagens sentem
Seus destinos pressentem
Uma vida pungente
No canavial ser servente.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 28/04/2009
Código do texto: T1564547
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