Tempo que não é o meu tempo

Sublime momento,

Ateneu

Um aceno adeus,

Ateniense.

Como foi?

Não foi?

Se foi,

Nos tantos momentos.

Nas tantas buscas

Fica o lamento;

E não fica?

Ficante! Ficou?

Não fiquei,

Fica-se

Não fico

Ficaria no fico da ficante.

Pasmem ou não pasmem

É assim

Que é assim

O sim.

No olhar que não olha, sente,

Que não sente, se molha,

Mas não molha, te seca,

Mas não seca, te alisa, mas não lisa.

Nem Por que, nem Por quem.

No talvez

Quem sabe o sim

Do não.

Toque-me, mas não toque,

Beije-me, mas não beije,

Chore, mas não chore,

Ame, mas não diga que ame.

Sentimento é proibido, é jogo, mas não é jogo,

No fogo, que apaga,

Mesmo acesso

Se é água ou gelo, o amante.

No trato,

Que é o cuidado

No sacolejo,

Que é o despejo.

Não se entregar,

Tratar com carinho, próximo.

À distância

Para perpetuar

A fortuna, a influência, a veemência de o primeiro olhar.