"FIM DE TROPEADA"
QUASE SE APAGANDO... A VOZ DO ÍNDIO VELHO!
QUE JÁ NÃO MAIS GRITA, O HINO... EIRA BOIADA!
SEUS CABELOS BRANCOS, REFLETEM NO ESPELHO...
SEM A COR VERMELHA... DE POEIRA DA ESTRADA!
CONTANDO ESTÓRIAS... FAZ DORMIR OS NETOS...
QUE JAMAIS VERÃO, AS TROPAS REPONTADAS!
DESTA VIDA BRUTA... DE PEÕES INTRÉPIDOS...
SOBRARAM OS CONTOS, SAUDADE... MAIS NADA.
VEZ EM QUANDO PEGA... NA GUITARRA E CHORA...
BATENDO NAS CORDAS, VELHAS E SURRADAS!
NÃO SOBROU DINHEIRO... PARA COMPRAR NOVAS
SAUDADE E POBREZA... AS MARCAS HERDADAS!
ÀS VEZES SE VAI... PRA O FUNDO DO POTREIRO!
OUVEM-SE SOLUÇOS, POR TODA A INVERNADA...
PARECE PEDIR... QUE O PAI DO CÉU O LEVE...
PRA ONDE LEVOU... A CHINA QUE ELE AMAVA!
ENTÃO ME PERGUNTO... PORQUE TANTO ZELO?
SOBRAM SÓ RECUERDOS, DE TANTO TRABALHO!
UM CAVALO VELHO... JÁ QUASE SEM PELOS...
E A DONA IDADE, NOS DANDO SEU PEALO...
RASGADA BOMBACHA... É O TRAJE DE PASSEIO!
UM FOGO DE CHÃO , PRA LHE AQUECER NO INVERNO...
MAS SE ELE PUDESSE... MUDAVA O PROCESSO...
E POR CERTO O MUNDO... SERIA MAIS TERNO!
A FRASE MAIS DITA... EM LINGUAJAR CAMPEIRO...
RABISCADA EM VERSOS, NUM VELHO CADERNO!
SE EU FOSSE DEUS!... DIZ O VELHO TROPEIRO;
O PROGRESSO IRIA... PROS QUINTOS DO INFERNO!
NA BOLEIA LIMPA... DO CAMINHÃO QUE EU GUIO...
ENQUANTO CARREGAM, VOU CEVANDO O MATE...
O PEÃO ESTRADEIRO SE APROXIMA... ESGUIO!
ENCENA UM SORRISO... NO OLHAR MARCANTE!
AO DIZER... BUENOS DIAS! SINTO UM CALAFRIO...
CHEGO A VER A DOR!... NAQUELA ALMA GIGANTE!
MESMO EM DIAS MAUS, A CORTESIA É O FIO...
QUE PELA VIDA A FORA... ELE TOCOU POR DIANTE.
SÓ O QUE ELE PEDE... E EU VEJO ESTAMPADO...
NO ROSTO CANSADO, DO VELHO TROPEIRO...
É PODER MORRER , NO SEU PAMPA ABENÇOADO
E SER ENTERRADO... NAQUELE POTREIRO...
ATÉ O MÊS QUE VEM... ME DIZ ENSIMESMADO!
E FICA SENTADO, FECHANDO UM PALHEIRO...
O FUMO APRECIADO, VEM DE SOBRADINHO
COM CAPRICHO CORTA... CO’A FACA COQUEIRO!
ACELERO O BRUTO, E PONHO O PÉ NA ESTRADA...
CHAIRANDO A LAPIANA... ESPERA, O AÇOUGUEIRO!
VOLTO NOUTRO MÊS PRA BUSCAR OUTRA CARGA...
E VEJO A CRUZ FINCADA... NUM PÉ DE UMBUZEIRO...
MARCA A SEPULTURA... UM MONTE DE PEDRAS!
E NA TOSCA CRUZ, UM SINGELO LETREIRO...
É AQUI QUE DESCANSA, O REI DAS INVERNADAS...
CAMPEÃO DE TROPEADAS, ALAN BOIADEIRO...
ENTERRADO COM... A BOMBACHA RASGADA...
POIS NÃO FOI SUA MARCA, AMAR O DINHEIRO.
COM CERTEZA OCUPA... A VAGA RESERVADA...
GUARDADA POR DEUS... LA NO CÉU DOS TROPEIROS.
FAÇO UMA PRECE... E PLANTO UMA FLOR...
DE JOELHOS FINCADOS... NA TERRA DO CHÃO!
PEDINDO AO “PATRÃO”, QUE SE POSSÍVEL FOR...
EMBORA A MI'A TROPA, VÁ DE CAMINHÃO...
PERMITA, QUE EU LEVE... A VIDA COM AMOR...
E MORRA CO'A HONRA... QUE TEVE ESTE PEÃO.
QUASE SE APAGANDO... A VOZ DO ÍNDIO VELHO!
QUE JÁ NÃO MAIS GRITA, O HINO... EIRA BOIADA!
SEUS CABELOS BRANCOS, REFLETEM NO ESPELHO...
SEM A COR VERMELHA... DE POEIRA DA ESTRADA!
CONTANDO ESTÓRIAS... FAZ DORMIR OS NETOS...
QUE JAMAIS VERÃO, AS TROPAS REPONTADAS!
DESTA VIDA BRUTA... DE PEÕES INTRÉPIDOS...
SOBRARAM OS CONTOS, SAUDADE... MAIS NADA.
VEZ EM QUANDO PEGA... NA GUITARRA E CHORA...
BATENDO NAS CORDAS, VELHAS E SURRADAS!
NÃO SOBROU DINHEIRO... PARA COMPRAR NOVAS
SAUDADE E POBREZA... AS MARCAS HERDADAS!
ÀS VEZES SE VAI... PRA O FUNDO DO POTREIRO!
OUVEM-SE SOLUÇOS, POR TODA A INVERNADA...
PARECE PEDIR... QUE O PAI DO CÉU O LEVE...
PRA ONDE LEVOU... A CHINA QUE ELE AMAVA!
ENTÃO ME PERGUNTO... PORQUE TANTO ZELO?
SOBRAM SÓ RECUERDOS, DE TANTO TRABALHO!
UM CAVALO VELHO... JÁ QUASE SEM PELOS...
E A DONA IDADE, NOS DANDO SEU PEALO...
RASGADA BOMBACHA... É O TRAJE DE PASSEIO!
UM FOGO DE CHÃO , PRA LHE AQUECER NO INVERNO...
MAS SE ELE PUDESSE... MUDAVA O PROCESSO...
E POR CERTO O MUNDO... SERIA MAIS TERNO!
A FRASE MAIS DITA... EM LINGUAJAR CAMPEIRO...
RABISCADA EM VERSOS, NUM VELHO CADERNO!
SE EU FOSSE DEUS!... DIZ O VELHO TROPEIRO;
O PROGRESSO IRIA... PROS QUINTOS DO INFERNO!
NA BOLEIA LIMPA... DO CAMINHÃO QUE EU GUIO...
ENQUANTO CARREGAM, VOU CEVANDO O MATE...
O PEÃO ESTRADEIRO SE APROXIMA... ESGUIO!
ENCENA UM SORRISO... NO OLHAR MARCANTE!
AO DIZER... BUENOS DIAS! SINTO UM CALAFRIO...
CHEGO A VER A DOR!... NAQUELA ALMA GIGANTE!
MESMO EM DIAS MAUS, A CORTESIA É O FIO...
QUE PELA VIDA A FORA... ELE TOCOU POR DIANTE.
SÓ O QUE ELE PEDE... E EU VEJO ESTAMPADO...
NO ROSTO CANSADO, DO VELHO TROPEIRO...
É PODER MORRER , NO SEU PAMPA ABENÇOADO
E SER ENTERRADO... NAQUELE POTREIRO...
ATÉ O MÊS QUE VEM... ME DIZ ENSIMESMADO!
E FICA SENTADO, FECHANDO UM PALHEIRO...
O FUMO APRECIADO, VEM DE SOBRADINHO
COM CAPRICHO CORTA... CO’A FACA COQUEIRO!
ACELERO O BRUTO, E PONHO O PÉ NA ESTRADA...
CHAIRANDO A LAPIANA... ESPERA, O AÇOUGUEIRO!
VOLTO NOUTRO MÊS PRA BUSCAR OUTRA CARGA...
E VEJO A CRUZ FINCADA... NUM PÉ DE UMBUZEIRO...
MARCA A SEPULTURA... UM MONTE DE PEDRAS!
E NA TOSCA CRUZ, UM SINGELO LETREIRO...
É AQUI QUE DESCANSA, O REI DAS INVERNADAS...
CAMPEÃO DE TROPEADAS, ALAN BOIADEIRO...
ENTERRADO COM... A BOMBACHA RASGADA...
POIS NÃO FOI SUA MARCA, AMAR O DINHEIRO.
COM CERTEZA OCUPA... A VAGA RESERVADA...
GUARDADA POR DEUS... LA NO CÉU DOS TROPEIROS.
FAÇO UMA PRECE... E PLANTO UMA FLOR...
DE JOELHOS FINCADOS... NA TERRA DO CHÃO!
PEDINDO AO “PATRÃO”, QUE SE POSSÍVEL FOR...
EMBORA A MI'A TROPA, VÁ DE CAMINHÃO...
PERMITA, QUE EU LEVE... A VIDA COM AMOR...
E MORRA CO'A HONRA... QUE TEVE ESTE PEÃO.